La Casa Dell Principe di Castelnuovo di Farfa
Aquarela sobre papel Fabriano
Março de 2019
Castelnuovo di Farfa, Lazio, Italia
MÔNICA ALENCAR ARTE
Obra ilustrativa e poema "O Vestido Florido" de Celso de Alencar de 2013
O VESTIDO FLORIDO
Para Marta Alencar
Minha irmã
ainda guardava
o vestido
florido de sua infância
bordado e
costurado por nossa mãe.
Era uma
colorida fotografia,
uma peça de
moldura que ainda
se guardava no
álbum da família.
Atrás da
cortina existe uma lágrima
própria de
interior de casa.
E não foram
ouvidos
a voz triste do
pássaro
que costumava
sentar na árvore seca
da frente de
nossa casa,
nenhum latido
de cachorro
nem miados de
gatos no jardim
nem as vozes
dos operários
que
consertavam a tubulação
de água da
nossa rua.
Restam as
cores alegres
das borboletas
e das tartaruguinhas
estampadas no
vestido infantil
e o aceno
leve,
como o dos
viajantes principiantes
ou o daqueles
que repousam no campo,
feito por
minha irmã.
Celso de Alencar
“O Arqueiro” - nankin sobre canson
A cópia de uma das minhas Obras de Arte mais preciosas foi encontrada esta semana nos arquivos do meu irmão...
Esta Obra é uma das mais importantes pra mim, por motivos diversos e é uma das que não estão comigo, esta em especial está em exposição permanente em um Museu em São Paulo, já viajou por toda a América Latina e carinhosamente, não oficial, eu a chamo de "Meu principe arqueiro"...
Em 1991
Esta Obra é uma das mais importantes pra mim, por motivos diversos e é uma das que não estão comigo, esta em especial está em exposição permanente em um Museu em São Paulo, já viajou por toda a América Latina e carinhosamente, não oficial, eu a chamo de "Meu principe arqueiro"...
Em 1991
Obra ilustrativa e poema "O Irmão Morto" de Celso de Alencar de 2012
O IRMÃO MORTO
Para Ugo Giorgetti
Morreu teu irmão.
Morreu trêmulo como os velhos homens
das antigas fazendas de café.
Proclamava-se teu irmão
e falava dos passeios pelos parques
que tu proporcionavas, cedendo-lhe,
nas manhãs do outono,
o extraordinário carro estrangeiro
onde coaxavam os sapos de papo azul.
Está morto teu irmão
e as palavras são secas e distantes
e não há pássaros voando no céu
nem lagartos verdes subindo nas
paredes da velha casa.
O tempo passou como os três vasos
pendurados no muro do quintal
e tu deves guardar no teu coração
a palavra: irmão.
Celso de Alencar
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